Quem diria que a mais clássica das esferográficas pudesse, um dia, tirar-nos o prazer de roer a tampinha plástica (e consequentemente perdê-la) para substitui-la agora por uma ponta de borracha apta a escrever nos tablets e smartphones? A malta da minha geração, que cantarolava (e ainda sabe de cor) toda a letra do clássico anúncio que dividia o mundo em cristal e laranja, é assim obrigada a renovar-se, como a própria Cristal, e enfrentar um novo mundo em que se tem de ter cuidado com a tampinha… que já não sai do sitio.
Deixando a brincadeira e memórias de lado, assim que se tem esta nova Cristal na mão toda aquela vontade de desenhar num papel ou no tampo da secretária regressa. É mais forte que nós. E, ainda por cima, continua a ser fiel à original (mesmo que mudando de donos) e a seguir a fórmula que foi um sucesso global e, posso mesmo dizer, sem precedentes.
Esta nova Cristal Stylus tem uma ponta de borracha no extremo oposto à esfera, possibilitando com um simples movimento, escrever com a tinta da carga ou desenhar traços num ecrã táctil. E sim, para todos os que estão a questionar, a tampa ainda encaixa e se arruma perfeitamente como na Bic original. Só boas notícias.
Está à venda por dois euros o que é uma surpresa bastante agradável. O tacto requer alguma precisão e a rapidez de processos também tem muito a ver com a qualidade do ecrã táctil, pois não se trata de uma stylus profissional, mas sim de um elemento a mais para uma utilização extra.
Para quem gosta de curiosidades e factos históricos, fiquem com alguns elementos que acompanharam a comunicação desta Bic Cristal Stylus que tem um PVP de apenas 2 euros. Bem verdade!
- Sabia que com uma só BIC Cristal pode:
- Escrever em média três quilómetros, duas vezes mais do que uma esferográfica comum (fonte: testes SGS 2012/13 para tintas azul e preta);
- Preencher 986 sudoku;
- Escrever 506 cartões postais;
- Criar uma reprodução de 37×42 cm do famoso quadro de Johannes Vermmer “Girl with a Pearl Earring”.
Sabia ainda que:
- A produção dos componentes da BIC Cristal – esfera, corpo da caneta, tinta – é assegurada integralmente in-house para garantir uma experiência de escrita suave e de alta qualidade;
- A BIC Cristal é a esferográfica mais vendida do mundo;
A história
A BIC Cristal é o resultado da intuição e tenacidade do Barão Marcel Bich, que em 1945 juntou forças com Edouard Buffard e criou uma empresa que fabricava peças para instrumentos de escrita em Clichy, França.
Quando várias canetas esferográficas começaram a aparecer no mercado, Marcel Bich reparou na velocidade que estas canetas conferiam à escrita e apercebeu-se de que poderiam revolucionar em definitivo o mercado de escrita. Contudo, para fazê-lo, a qualidade teria de ser melhorada e o preço mais acessível a todas as pessoas. Com esse intuito, Marcel Bich comprou a patente da caneta desenvolvida pelo húngaro Laszlo Biro e iniciou a procura pela fórmula de tinta ideal e o encaixe perfeito entre a esfera e o tubo de tinta, utilizando as habilidades de relojoeiros suíços. Marcel Bich desenhou a futura caneta esferográfica para ser igualmente atrativa e funcional.
Após trabalhar intensivamente durante vários anos e colocar todo o capital da empresa em risco, o produto saiu da fábrica em Clichy em dezembro de 1950. Chamou-lhe BIC Cristal, custava apenas 0,50 francos franceses e era recarregável.
O modelo de produção em massa de alta qualidade de Marcel Bich funcionou na perfeição: 10.000 canetas BIC Cristal foram vendidas diariamente no primeiro ano de produção, e atualmente vários milhões são vendidos todos os dias. A caneta tornou-se rapidamente uma exportação importante.
Quando várias canetas esferográficas começaram a aparecer no mercado, Marcel Bich reparou na velocidade que estas canetas conferiam à escrita e apercebeu-se de que poderiam revolucionar em definitivo o mercado de escrita. Contudo, para fazê-lo, a qualidade teria de ser melhorada e o preço mais acessível a todas as pessoas. Com esse intuito, Marcel Bich comprou a patente da caneta desenvolvida pelo húngaro Laszlo Biro e iniciou a procura pela fórmula de tinta ideal e o encaixe perfeito entre a esfera e o tubo de tinta, utilizando as habilidades de relojoeiros suíços. Marcel Bich desenhou a futura caneta esferográfica para ser igualmente atrativa e funcional.
Após trabalhar intensivamente durante vários anos e colocar todo o capital da empresa em risco, o produto saiu da fábrica em Clichy em dezembro de 1950. Chamou-lhe BIC Cristal, custava apenas 0,50 francos franceses e era recarregável.
O modelo de produção em massa de alta qualidade de Marcel Bich funcionou na perfeição: 10.000 canetas BIC Cristal foram vendidas diariamente no primeiro ano de produção, e atualmente vários milhões são vendidos todos os dias. A caneta tornou-se rapidamente uma exportação importante.
Em 1951, a BIC Cristal viajou até à Bélgica, em 1954 até Itália, em 1956 até ao Brasil, e em 1957 até ao Reino Unido, África do Sul e Pacífico Sul. Em 1958, lançou- se na conquista do mercado norte-americano.
Outro dos factores que ajudou ao sucesso de BIC Cristal foi a aposta de Marcel Bich na publicidade, rodeando-se de designers e artistas gráficos de renome como Raymond Savignac, que criou a conhecida campanha “A ponta BIC gira e gira” (“Elle court elle court la pointe BIC”) em 1952, e o menino de escola “BIC BOY” em 1960. Desde então, o pequeno rapaz com uma cabeça em esfera tornou-se no emblema dos vários produtos da marca.
No início dos anos 60, a BIC Cristal instalou-se permanentemente nas casas, nos escritórios, e nas lojas, transformando-se num produto tão universal quanto indispensável.
Em 1957 a BIC chegou a Portugal e desde logo conquistou os portugueses pela sua simplicidade, mas também pela publicidade impactante assente num jingle que ainda hoje está na mente dos portugueses: “BIC, BIC, BIC, de escrita fina, BIC, BIC, BIC de escrita normal, BIC Laranja, BIC Cristal…”. E assim ficou.
Hoje a BIC Portugal é uma das melhores filiais BIC da Europa, tendo sido, este ano, pela segunda vez consecutiva, reconhecida pelo Grupo como “Country of the Year”. A icónica BIC Cristal, que desde 2002 faz parte da colecção permanente do MOMA, foi recentemente incluída na coleção permanente do MUDE, Museu do Design e da Moda, em Lisboa.
Em 1957 a BIC chegou a Portugal e desde logo conquistou os portugueses pela sua simplicidade, mas também pela publicidade impactante assente num jingle que ainda hoje está na mente dos portugueses: “BIC, BIC, BIC, de escrita fina, BIC, BIC, BIC de escrita normal, BIC Laranja, BIC Cristal…”. E assim ficou.
Hoje a BIC Portugal é uma das melhores filiais BIC da Europa, tendo sido, este ano, pela segunda vez consecutiva, reconhecida pelo Grupo como “Country of the Year”. A icónica BIC Cristal, que desde 2002 faz parte da colecção permanente do MOMA, foi recentemente incluída na coleção permanente do MUDE, Museu do Design e da Moda, em Lisboa.
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